Founder Mode & M&A
Há um outro Substack onde escrevo de forma mais ampla sobre empreendedorismo, tecnologia, IA e desenvolvimento pessoal.
Já pensei em fundir os dois e tornar o Estratégia de Saída uma sessão do Taliblog. Pode ser que isso aconteça um dia, mas por hora quero saber de você como seria essa experiência.
Minhas hipóteses são:
Ler meus posts sobre M&A toda semana pode ser cansativo, uma variação maior é bem vinda.
O público alvo é o mesmo, por isso os temas de lá podem ser interessantes para você também.
Essa semana trouxe um cross-post do meu último artigo do Taliblog, sobre Founder Mode. Acho que esse tema é extremamente relevante para você e também para a Most Valuable Product Journey. Por isso vou adicionar abaixo mais alguns insights sobre a relevância que vejo do tema para M&A.
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Para ler o artigo, clique no widget abaixo:
A relevância do tema para sua jornada ao M&A
Manter sua empresa em founder mode pode parecer a resposta certa para a longevidade e a atratividade. Ou seja se você quer tornar ela um objeto de desejo para fusões e aquisições, não tem dúvida de que estar com esse modo ligado é o ideal. Mas há outros lados desta moeda.
A dependência do Founder
Se estar em founder mode para você significa centralizar muita coisa nos founders isso pode jogar contra o processo de M&A de duas formas:
1- Se o potencial comprador percebe uma dependência excessiva dos fundadores isso diminui a atratividade da empresa. Comprar uma empresa que depende muito dos founders aproxima mais esse negócio de um acqui-hire na régua de valor, e pior, uma transação cujo valor depende excessivamente da permanência e da performance dos fundadores.
2- Como founder se a empresa depende muito de você o sucesso do deal também dependerá muito de você e de uma longa permanência sua na organização resultante.
Portanto, reinterprete o que significa ligar o founder mode criando um plano para diminuir a dependência e ter mais gente além dos fundadores trabalhando desta forma. Mas cuidado, porque o time não aguenta isso por muito tempo como os fundadores.
A sustentabilidade do modo
Operar em founder mode por muito tempo pode trazer efeitos colaterais para a organização. Quem não é fundador dificilmente tem a mesma resiliência para isso, tanto por uma questão de perfil, quanto por uma questão de incentivos (para o founder a empresa é uma parte bem relevante da vida e do seu destino nela, para o funcionário, é um emprego). Isso pode resultar em burn out do time entre outras questões de saúde mental. Atenção aos sinais de que isso pode estar acontecendo. Toda organização é feita de pessoas e embora o título do artigo possa fazer isso tudo parecer um video-game, não é. É com a vida real destas pessoas que você está lidando e é a elas que se estende a sua responsabilidade.
A compatibilidade com a outra empresa
Uma possível questão que pode surgir em um negócio em que a empresa adquirida opera em founder mode é a incompatibilidade, digamos, cultural. De fora e olhando os resultados a tendência é que a empresa seja muito bem vista. Mas se ela está se juntando com uma outra com uma cultura mais soft, mais hierarquizada e eventualmente mais formal, essa incompatibilidade pode ser um risco para o deal.
Qual é a saída? Não depender do founder mode para ter bons resultados.
E se o comprador está em founder mode?
Essa pode ser uma oportunidade. No artigo discuto diversas situações em que foi necessário um fundador em founder mode para promover transformações. Fusões e aquisições consituem uma ótima oportunidade para a organização conseguir isto. O exemplo da Dell é notório nesta arena, o da Apple começou com uma aquisição (que trouxe de volta o fundador) e o Facebook (Meta) está cheio de histórias de aquisições que foram cruciais para manter a empresa relevante no longo prazo.
Mirar em empresas com o "mode: ON” é uma boa estratégia para o seu M&A.
Sobre as hipósteses acima
Por favor, me ajude a construir esse conteúdo respondendo a algumas perguntinhas.
Obrigado pela contribuição e pela atenção!